Escola vira palco para cultura e lazer nos finais de semana

Postado por Tempero Cultural

Por Gerson Americo


As escolas públicas se mobilizam na realização de atividades de lazer e cultura, direcionadas ao público jovem. O programa Escola da Família é um dos projetos elaborados pela Secretaria de Educação, que tem como objetivo transformar as escolas em centro de convivência nos finais de semana, quando acontecem atividades voltadas às áreas de esporte, cultura, saúde e lazer.

Segundo a supervisora de ensino Silvia Helena da Silva, existem no município de Limeira 30 escolas públicas com atividades e hábitos saudáveis na melhoria e desenvolvimento da educação infanto-juvenil. As escolas contam com o apoio de alunos, professores, voluntários e da comunidade. "A educação com projetos de cultura e lazer salva vidas e alcança ótimos resultados" diz ela.

Outro projeto que complementa ás atividades é o Amigos da Escola e tem o intuito de contribuir para o fortalecimento da educação nas escolas. O projeto estimula o envolvimento de profissionais, alunos, familiares e da comunidade. Segundo a professora, a união entre esses parceiros fornece as escolas um alicerce, capaz de estabelecer e ultrapassar barreiras na busca pela educação.

Danilo Ricardo Silva, 22 anos, estudante de design, trabalhou como voluntário na escola Paulo Chaves durante quatro anos, dando aulas de arte. Ele afirma que os programas fornecem as crianças e a comunidade acesso à educação, cultura e lazer gratuitamente. "Percebemos em algumas crianças mudança de comportamento. Algumas crianças não têm estrutura familiar e aprendem na escola" frisa ele. Para Danilo, a cultura e o lazer influenciam totalmente na educação de uma criança.

Josiane Cristina Barbosa, 25 anos, professora de português, participou do projeto Escola da Família durante um ano como educadora na escola Arlindo Silvestre. Segundo ela, o trabalho feito nas escolas é um auxilio na melhoria da educação. "Com o lazer se alcança a saúde e com a cultura, a educação".

Aline Pereira Silva, 24 anos, professora de sociologia, trabalhou na escola Cônego Manuel Alves, dando aulas de biscuit. Em sua avaliação, o lazer e a cultura garantem a presença dos jovens nas escolas. "Ao invés de estarem nas ruas, eles estão realizando as atividades dos projetos", sustenta. Aline faz uma critica em relação às verbas direcionadas para as escolas, pois segundo ela são insuficientes para se desenvolver o planejamento de outras atividades.

Vera Mendes, 45 anos, moradora do bairro Parque Nossa Senhora das Dores, trabalha como monitora na escola Irmã Maria Gertrudes Cardoso Rebello. Vera acompanha de perto o desenvolvimento de sua filha de 14 anos que freqüenta a escola nos finais de semana, para participar de aulas de capoeira. Para Vera, os projetos influenciam totalmente na saúde física e mental dos jovens, pois com incentivo o aprendizado se torna ainda melhor. "O apoio da comunidade é muito importante desde que haja metas estabelecidas para se atingir o trabalho proposto", declara Vera.

Fonte: Tempero Cultural

Hípica em Limeira é referência em área de lazer

Postado por Tempero Cultural

Por Gerson Americo

A Hípica Rural na cidade de Limeira é hoje um dos grandes projetos elaborados afim de proporcionar benefícios á população. Após a inauguração das novas instalações, a hípica recebe diariamente cerca de mil pessoas, com um aumento durante os finais de semana. Com o passar dos anos, a hípica vem se tornando uma referência no cenário de lazer em Limeira. Existe uma estrutura que abrange os projetos destinados á pratica de atividades físicas.


Atualmente, o público tem à disposição uma área de lazer e uma estrutura para suas atividades físicas. A área abrange uma pista de caminhada com 1.800 metros, a ciclovia com 1000 metros, duas lanchonetes, com praça de alimentação, um playground temático, brinquedoteca e estacionamentos. Limeira conta com um número de pessoas, que freqüentam e desfrutam das diversas programações, como aulas de aeróbica.

Outro projeto agregado é a equoterapia, que é um método terapêutico e educacional, que utiliza o cavalo como meio disciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação. O objetivo é o desenvolvimento de pessoas portadoras de deficiência ou necessidades especiais.

Fábio Claudino, 23, professor de educação física, é um dos freqüentadores da hípica rural. Segundo ele, o local é agradável e estruturado, porém devido ao local ficar próximo a um anel viário, a fumaça dos carros acaba atrapalhando o desenvolvimento das atividades. Ele também faz uma crítica a alimentação oferecida: "Ao invés de incentivarem e disponibilizarem alimentos saudáveis nas praças de alimentação, eles vendem alimentos que não fazem bem a saúde".

Diferente dele, Jefferson Apólito, 24, técnico em qualidade, já participou de algumas maratonas, e costuma sempre freqüentar a hípica. Ele se refere ao local como um espaço ideal para suas atividades e diz ser um ótimo lugar para desfrutar dos bons momentos de lazer.

Virlene Rocha, 45, trabalha na Hípica Rural há um ano e revela gostar muito da área de lazer destinada ao público. Aponta ser interessante uma área destinada as crianças, pois muitas vezes as pessoas deixam de ir aos lugares, pelo fato de não haver um lugar especifico na área infantil.

Fonte: Tempero Cultural

Grupo amador de teatro leva cultura para a comunidade

Postado por Tempero Cultural

Por Luana Delevedove

O teatro amador de Limeira vem ganhando um espaço maior nas atividades culturais da cidade. Hoje, a Secretaria de Cultura Municipal conta com uma programação diversificada que tem o objetivo de divulgar grupos de teatro que buscam patrocínio e atores amadores que sonham fazer da arte uma profissão.

Em Limeira, existem vários grupos teatrais, como a Cia. de Artes Haverin, que está atuando há cinco anos. O objetivo é descentralizar a cultura em Limeira, levando a arte para comunidades que não tem acesso a esse tipo de entretenimento. Os integrantes são em sua maioria jovens da comunidade Nossa Senhora de Fátima, que começaram a praticar artes cênicas em oficinas oferecidas pela prefeitura.

A companhia já apresentou várias peças, como Auto de Natal e Auto da Paixão. O texto das duas peças foram escritos pelo vereador e ex-secretário de Cultura, Farid Zaine, e pelo diretor da companhia teatral, Evandro Leite. Ele conta também com a assistente Ariane Oliveira, que atua junto das aulas de oficinas teatrais. "Haverin significa amigos em hebraico", conta ela.

Atualmente, eles trabalham em um outro projeto, o Sol Adolescente, uma peça que conta a história de um jovem que é assassinado em frente a uma escola. A trama se dá pela dúvida sobre o que causou a morte do protagonista. Para Zaine, existem muitos bons talentos no teatro amador de Limeira. "No caso específico do Sol Adolescente, pessoas que nunca tiveram nenhum contato com o teatro passam a interpretar cenas de verdade", diz ele, que é categórico: "para a arte é preciso ter dedicação".

A Cia. de Artes Haverin é formada por 13 pessoas com idades entre 13 e 25 anos.
Segundo Ariane, o grupo surgiu a partir de uma gincana cultural que acontece anualmente em Limeira. "Em 2005, nós fomos incluídos no projeto de descentralização de cultura, idealizado por Farid. A partir daí, começamos um trabalho de levar para as pessoas a maravilhosa experiência do teatro", cita a assistente.

Porém, como acontece com todo teatro amador, a companhia também enfrenta dificuldades. De acordo com Leite, o grupo não tem patrocínio e por isso, os atores não possuiem condições de viver apenas do teatro. "Todos estudam ou trabalham", comenta ele.

Em Limeira, há leis que incentivam a cultura, mas ainda são insuficientes para o desenvolvimento de grupos que estão no começo da carreira. "A única lei da qual nos beneficiamos é uma de autoria do vereador Farid, que isenta o pagamento da taxa para uso do Teatro Vitória para grupos da cidade", afirma Leite, que destaca também o apoio dado pela Secretaria de Cultura de Limeira. "Na última apresentação que fizemos, nos foi cedida parte dos impressos para divulgação da peça", diz o diretor do grupo Haverin.

Os aspirantes se reunem aos domingos na sede da comunidade católica, localizada no Jardim Senador Vergueiro. O horário do encontro é das 9h às 11h.

Grupo resgata cultura afro em Limeira

Postado por Tempero Cultural

Por Luana Delevedove

O Conselho Municipal dos Interesses do Cidadão Negro (Comicin) de Limeira têm lutado pelo resgate da cultura afro descendente e pela inclusão social da população dessa etnia em todo o município. Algumas de suas estratégias incluem projetos sociais e festividades que usufruem de uma parceria com a Secretaria de Turismo e Eventos.

De acordo com a presidente da instituição Elisa Gabriel da Gosta, o Comicin, da época de sua fundação até os dias de hoje, evoluiu ao desenvolver projetos sócio-culturais para a comunidade, com eventos para divulgar o trabalho da entidade. Exemplo disso está no evento que ocorre anualmente no dia 20 de novembro, quando é comemorado o dia de Zumbi dos Palmares, uma das maiores referências do povo negro no mundo. Nesse dia, também é comemorado o Dia da Consciência Negra.

Entre as conquistas do conselho nos últimos tempos, estão à criação de um coral, denominado de "Coral Thulany", o Espaço Cultural e a biblioteca, ou "Espaço Literário", como foi intitulado, que hoje conta com um acervo de aproximadamente mil exemplares. Em 2006, o coral foi incorporado pelo município e tornou-se municipal, gerando subsídios para o projeto do grupo.

Segundo Elisa, que também é educadora, a criação do conselho é importante para que os afros descendentes possam ser orientadas a participar de cursos, palestras e outras atividades desenvolvidas. "A criação dessa entidade veio somar e reforçar a busca de políticas públicas em relação à cultura do afro descendentes", explicou a presidente.


Além de atuar no Comicin, pessoas como Elisa Gabriel e José Galdino, projetaram o Instituto Educacional Ginga (IEG), que é um "braço" do Comicin e funciona em paralelo para beneficiar a comunidade afro descendente de Limeira para a inclusão no mercado de trabalho.

O IEG nasceu para potencializar o trabalho, principalmente com os jovens, e possibilitar a oficialização de parcerias com escolas e unidades de especialização, como na área de línguas, contratando pessoal capacitado para ensinar. "Destaco a criação da sede do Comicin, a implantação do Grêmio Recreativo como relevantes passos dados desde o nascimento da entidade ",disse José Galdino.

Joana Cardoso é uma das pessoas que fundaram o Comicim e afirma que sua importância está no desenvolvimento de projetos culturais, visando a raça negra, e de apoio na área social e jurídica.

Serviços - O Comicin funciona com ajuda do poder público e tem outros parceiros da iniciativa privada. Podem participar dos projetos pessoas que estejam envolvidos com a causa afro-descendente. Para informações o telefone do Comicin é o 3451-9009. Hoje instalado na Rua 13 de maio, no Centro de Limeira.

Fonte: Tempero Cultural

Crianças aprendem cantando

Postado por Tempero Cultural

Por Carlos Giannoni

Projeto leva conceitos de cidadania e preservação ambiental nas escolas públicas


O projeto SOS Sou Brasileiro é voltado para crianças entre nove e dez anos de idade matriculados na quarta série da rede pública de ensino. Jornalista de formação e músico da banda NacontraMão, Marco Zannini - um dos idealizadores do projeto junto com seu pai Júlio Zannini -, diz que a principal finalidade é dar suporte ao ensino com assuntos sobre cidadania, preservação ambiental, drogas e dengue, usando a música como facilitadora.

Júlio Zannini, com formação em Engenharia Civil, palestrante e também músico da banda NacontraMão, afirma que a música tem um poder de comunicação fulminante entre as pessoas e que não conhece outro veículo entre as artes que seja tão poderoso nesse aspecto. "Somos músicos, logo estamos unindo o útil ao agradável".



Segundo eles, a ideia do projeto surgiu quando conheceram na cidade de São Paulo o grupo percussivo Soul da Lata, ligado à ONG Vira Lata, que ministra palestras sobre consciência ambiental, cidadania e dá aulas de percussão.

No ano de 2006, convidado pelos policiais do Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência), Júlio deu palestras sobre cidadania e preservação ambiental na escola Aldo Kühl em Limeira e este formato foi o embrião para o que viria a ser o projeto SOS Sou Brasileiro.

Marco diz que o projeto saiu do papel em 2007 após várias pesquisas sobre os temas que seriam abordados na cartilha, que foi toda custeada por patrocinadores. Segundo ele, depois de muita insistência a Secretaria da Educação fechou parceria com o projeto em 2008, atendendo mais de mil crianças da rede pública de Limeira.

As composições das letras e das músicas são de Júlio, auxiliado por seu filho. Segundo ele, Marco ajuda no desenvolvimento das canções e depois, com a ajuda da banda NacontraMão, o grupo finaliza as músicas e vai para gravação.

A dinâmica nas escolas é bem simples. Júlio diz que chega nas salas de aula, distribui as cartilhas, conversa com as crianças sobre os temas e as ensina a cantar as músicas do projeto. "A receptividade é simplesmente fantástica, pois a música tem esse poder de invadir a sensibilidade das pessoas com muita rapidez e eficiência".

Júlio define os resultados obtidos até agora como excelentes. "O projeto cria um vínculo com os alunos que ficam ansiosos para chegada do dia das palestras".


Ele frisa que professores e pais dos alunos nas reuniões relatam a mudança no comportamento dos filhos em casa, preocupados com a reciclagem dos materiais e com a dengue. Isso torna todo o trabalho gratificante, ressalta.

"Decidimos trabalhar com as crianças e passar essas informações enquanto é cedo para que a médio e longo prazo tenhamos seres humanos com outra concepção de vida, uma vida com outros valores, com outras ideias e principalmente com mais amor nos seus corações"

Marco ressalta a importância de parceiros, governamental ou empresarial, para que o projeto possa ser ampliado. As entidades que contratam o projeto podem ter o benefício de incentivos fiscais, como a redução do Imposto de Renda pela Lei Rouanet.

Serviços

O SOS Sou Brasileiro pode ser contatado pelos telefones (19) 3446 3704 / 9148 5287, ou por e-mail
juliozannini@gmail.com. O blog é http://www.sossoubrasileiro.blogspot.com/ e o site da banda NacontraMão é
http://www.nacontramao.com/




Fonte: Tempero Cultural

Vida de músico

Postado por Tempero Cultural

Por Carlos Giannoni
Que lugar ocupa a música erudita na vida do brasileiro?
Segundo Victor Botene de Oliveira, Violista da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto, a música erudita está cada vez mais acessível, as orquestras não se apresentam apenas em salas de concertos e teatros, hoje, favelas, prisões, praças e até praias servem de palco para grandes concertos, popularizando a música erudita.

O músico iniciou seus estudos aos dez anos de idade tocando piano clássico, com seu irmão que já era pianista.

Através do projeto Guri, idealizado pela Secretaria Estadual da Cultura, iniciou seus estudos na viola clássica, sob influência de seus pais, apreciadores de música erudita. Projeto esse de incumbência do Estado, que é responsável por financiar as orquestras e a música erudita.

Tinha a intenção de estudar violino ressaltou o músico, mas as vagas estavam esgotadas. Mas identificou-se com a viola e não quis mais mudar.

A formação musical como instrumento de educação foi seu foco no início de seus estudos. Mas em uma reunião de alguns pólos do projeto Guri, formando uma Orquestra Sinfônica e Coral, para um concerto na Sala São Paulo junto ao cantor e compositor Toquinho, sentiu-se empolgado e naquele momento decidiu ser músico profissional.

A dedicação aos estudos é imprescindível diz o músico. Quatro a cinco horas diárias era o tempo que se dedicava ao estudo da viola.
Aos 14 anos deixa o projeto Guri e passa a ter aulas particulares no Palacete Levy em Limeira.
Em 1999 alguns músicos idealizaram a Orquestra de Câmara, onde passou a ter aulas regulares de prática em orquestra.

Alguns aspectos da música erudita ainda impedem que seu estudo chegue a todas as camadas da população. Apesar dos projetos oferecerem os instrumentos aos alunos, ele precisa ter o próprio para aprimorar seus estudos, instrumento esse que não sai por menos de 300 reais, ressalta Victor Botene

Após algum tempo tocando em um violino com cordas de viola, no ano de 2000 consegue comprar sua primeira viola.
Para quem almeja seguir carreira profissional de músico clássico, o interior não oferece grandes oportunidades de avanço nos estudos.

Sentindo essa deficiência, aos 15 anos ingressa na ULM (Universidade Livre de Música – Tom Jobim) em São Paulo. Lá pode ter aulas com músicos de renome e alto nível. Mas os custos desses estudos são altos, sendo um grande empecilho na carreira de um músico do interior que quer se tornar profissional.

Abriu mão das aulas na ULM, mas manteve aulas mensais e particulares com professores dessa instituição. Aulas essas que não saem barato, algo em torno de 100 reais a hora aula, mas claro, isso varia de professor para professor, podendo se cobrar valores muito mais elevados.
Outras oportunidades surgiram, ainda no ano de 2000, recebeu o convite para fazer parte da Orquestra Filarmônica de Rio Claro – SP.

Com seu rápido desenvolvimento, no ano de 2002 aos 16 anos, assume a cadeira de primeira viola da Orquestra de Câmara de Limeira – SP, e logo em seguida o convite para ser professor da Escola Livre de Música da mesma cidade.

Tanto esforço e dedicação trouxeram reconhecimento. Após um concurso entre escolas estaduais que foi televisionado, a diretoria do projeto Guri se interessou e o convidou para uma série de apresentações com o projeto Guri de Osasco – SP.

O Violista fala da importância do músico ser visto, da necessidade de mostrar seu trabalho. Fez isso através de cursos e festivais, como o famoso Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão e o Festival de Música de Santa Catarina.


Através dessas experiências, teve aula com diversos professores conceituados e tocou com músicos de todo o mundo.
Mas nem tudo são flores. O músico conta que mesmo com grandes oportunidades surgindo, sempre foi muito difícil receber uma recompensa financeira adequada, tendo que paralelamente a esses estudos eruditos, atuar como músico em bandas e tocar em casamentos e recepções.

Apesar da popularização da música erudita, os músicos enfrentam grandes dificuldades em suas carreiras, como a falta de oportunidades de emprego, bons professores, poucas orquestras profissionais que oferecem salários consideráveis e o alto nível que elas exigem de seus músicos, onde nenhum músico com formação nacional consegue ingressar, sendo necessários estudos no exterior, para que possam obter boas colocações no Brasil.

O que preocupa hoje o Violista Victor Botene é o alto preço dos instrumentos e sua manutenção, que ultrapassa 100 mil reais.
Em 2007 recebeu o convite para realizar o concurso da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto. Era apenas uma vaga, que a conquistou e onde atua até hoje.

Após tocar nas Orquestras Sinfônicas de Limeira, Rio Claro, Americana, Piracicaba e Orquestra Jovem do Estado de São Paulo e ter tocado com os maiores nomes da MPB como Toquinho, Leila Pinheiro, Zizi Possi e Roberto Carlos. Victor Botene pretende através de aulas particulares, cursos e festivais, aprimorar cada vez mais sua técnica na viola, com a intenção de obter boas colocações nas melhores orquestras do país e até do exterior.

Essa é a realidade da música erudita para você que deseja ser músico profissional ou apenas tinha curiosidade sobre esse mundo da música clássica.

O longo caminho a se trilhar, as dificuldades, as recompensas, o esforço e o reconhecimento desses profissionais. Para quando você ver novamente uma orquestra tocando, poder entender que lugar a música erudita ocupa e o que ela representa na vida desses músicos.

Fonte: Tempero Cultural

Paixão transformada em carro

Postado por Tempero Cultural

Por Juan Franscesco Piva

Os amantes de Fuscas e demais veículos de motor refrigerado a ar se reúnem todas as semanas em Americana para manter viva a história destes carros e, principalmente, fortalecer a amizade dos integrantes do Clube do Fusca de Americana Nossa Família Volkswagen (CFA). Os encontros acontecem às segundas-feiras, a partir das 19h30, e todo segundo domingo de cada mês às 9h, no posto Texaco da Avenida Nossa Senhora de Fátima.


Membro do clube, o inspetor de qualidade Douglas André de Oliveira, 28, revela que no primeiro encontro que participou com o grupo, parecia já estar lá há tempo. "Foi muito bom, fiz amizades verdadeiras e sinceras. Hoje em dia é apenas uma desculpa ir aos encontros do CFA, o mais importante é rever os amigos, pois não é um clube fechado só para as pessoas que têm Fusca, mas sim a todos os admiradores do ‘besouro’, é também um local de fazermos novas amizades", lembra Oliveira.

Ele ainda relata que o ambiente é tão agradável, que todos levam as esposas, namoradas, filhos, e em alguns finais de semana, são marcados passeios, festas, entre outras atividades de lazer, deixando o carro como segundo plano e elevando a importância da integração dos membros do clube - fundado em 22 de junho de 2005.

O Fusca nasceu na Alemanha, em 1935, com o nome de Volkswagen, que significa em alemão ‘carro do povo’. A última versão foi produzida em 2003, no México. O carro foi encomendado por Adolf Hitler ao projetista Ferdinand Porsche, antes do período das guerras.

O ditador idealizava um veículo com preço acessível, econômico, de fácil manutenção e grande durabilidade, resultando o que mais tarde seria o carro mais vendido do mundo, com mais de 21 milhões de unidades comercializadas.

A paixão pelo carro é sustentada pelo seu charme, confiabilidade mecânica, valor de mercado (que não depreciou com o passar dos anos) ou um dado momento feliz na vida de seu dono. O biólogo e presidente do clube, Heverson Knauer de Campos, mais conhecido como Teco, 48, disse que gosta do carro desde a infância.

O amor ficou ainda maior depois que assistiu ao filme ‘Se Meu Fusca Falasse’, quando simpatizou com Herbie, o Fusca 53. Atualmente, Teco apelidou um de seus três modelos com o mesmo nome, já que o carro está caracterizado como o do filme, "preservando as mesmas rugas da época", afirma.

Com um câmbio seco de quatro marchas, motor refrigerado a ar e sistema elétrico de seis volts, o Fusca já revolucionava para sua época. Teco acredita que não terá um carro que irá superar a versatilidade mecânica do Fusca. Isto porque, o carro já foi transformado em quase tudo, desde aviões (modelos experimentais), motos (a Amazonas 1600 do Brasil), barcos (pequenos barcos de madeira com um motor boxer - motor com cilindros opostos - adaptado, ou mesmo o carro inteiro impermeabilizado), e até mesmo bombas d’água ou geradores. "É um carro que dificilmente vai te deixar na mão", diz o presidente do CFA.

Teco lembra que o Fusca é o único veículo do mundo que tem um dia nacional (20 de janeiro) e um mundial (22 de junho). No Brasil, o automóvel foi fabricado oficialmente a partir de 1959, sendo comercializadas mais de três milhões de unidades. A produção foi interrompida em 1986.

Nessa época, Oliveira tinha cinco anos. Ele relata ter chorado muito quando soube que a Volkswagen não iria mais fabricar o modelo, pois queria ter um quando crescesse. Em 1993, o então presidente Itamar Franco, relançou o Fusca, objetivando um carro popular. Até 1996, quando saiu novamente de produção, foram vendidos cerca de 40 mil veículos.

"O Fusca Itamar não emplacou por causa do preço, em torno de sete mil na época, e também porque as outras empresas automobilísticas entraram forte no mercado, lançando carros mais confortáveis", explica Teco.


O New Beetle foi lançado com o título de novo Fusca. Embora fabricado com tecnologia mais avançada, os amantes do carro do povo não aderiram ao possível substituto, que está longe de fazer o mesmo sucesso do modelo antigo. "Em termos de popularidade e afinidade será difícil superar o Fusca. Digamos que o Beetle seja um brinquedo de gente grande, pelo seu valor bastante elevado", destaca Teco.

Patrimônio histórico

"Você tem uma história, não só um carro", afirma o tecnólogo em saneamento ambiental e membro do CFA, Marcel Secomandi, 26, referindo-se ao carro que possui. "Minha avó passou a maior aventura da vida dela quando fomos a um evento no autódromo de Interlagos, quanto mais acelerava mais a vovó gostava", lembra Secomandi.

Também membro do CFA, o estudante Thiago Argentin, 21, possui um Fusca original com 136 mil quilômetros rodados, comprado em 29 de abril de 1976, no valor de 34.961 cruzeiros. Ele é o terceiro dono e afirma que não lava mais o carro, pois a cada vez que fazia isso caía um pedaço de tinta da lataria. "Agora só limpo com lustra móveis", diz Argentin.

Para provar que a paixão pelo carro não se restringe somente aos machões, a professora e esposa de Teco, Tereza Isabel Badan Palhares de Campos, 47, afirma que as mulheres e as crianças preferem olhar para um Fusca a outro carro.

A esposa ainda revela as manias de seu marido em relação ao veículo: "Ele não deixa o carro na rua, mantém sempre coberto, não gosta de dirigir na terra, ninguém pode entrar com os pés sujos e me proíbe de limpar a capa", revela aos risos. Ela ainda relata que ninguém pode dirigir o Herbie e que Teco coleciona miniaturas de Fuscas - a primeira é de 1967.


Para Teco é o companheiro, para Argentin é tudo, para Oliveira é um filho, para Secomandi é uma paixão; assim eles resumem o Fusca em uma palavra. "Não venda", "aproveita o que tem", foram algumas das dicas dadas pelos membros do clube em relação ao carro do povo.

Quem tiver interesse em participar dos encontros do clube basta atender a alguns requisitos: não é permitido utilizar o som com o volume elevado, não pode ‘sair cantando pneu’ e é inadmissível menosprezar outros membros e seus carros. A única mensalidade que será cobrada do novo integrante é a colaboração na manutenção do ambiente familiar que o CFA preserva desde a sua fundação.


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Fonte: Tempero Cultural

Prédio histórico de Americana abriga escola de samba

Postado por Tempero Cultural

Por Juan Franscesco Piva

Há três anos, o prédio da primeira instituição de ensino construída em Americana serve de sede para Escola de Samba e ONG (Organização Não-Governamental) Imperatriz Americanense. Situada na Avenida Carioba, 1.600, Bairro Carioba, a casa é tida como patrimônio histórico da cidade. A história também registra que o primeiro asfalto da América Latina é a via de acesso para o local.

O tempo passou e o que resta da escola é apenas uma construção que necessita de reforma. A casa mantém os traços originais. É zelada pelo decorador Celso Pires, 40, também presidente da escola de samba e pela família dele. Pires reside no local e utiliza o espaço para confeccionar e guardar fantasias, além de promover os ensaios da Imperatriz.

Graças à renovação contratual anual com a prefeitura, o presidente da escola de samba pode usufruir do espaço. Todo ano, Pires se responsabiliza em desenvolver o cronograma dos desfiles temáticos, que variam conforme o período - Carnaval, Páscoa, Natal, entre outros. Depois, encaminha o projeto à prefeitura e, se aprovado, recebe uma ajuda de custo, porém, "não suficiente para desenvolver bons desfiles", como adverte.

Em 2009, por exemplo, a prefeitura contribuiu com cerca de R$ 10 mil; no entanto, o dinheiro gasto foi de R$ 40 mil. O valor conquistado em premiações não ultrapassou R$ 4 mil. Sendo assim, Pires afirma que sempre coloca de seu bolso a quantia que falta.

O local também conta com um projeto de aulas de capoeira destinado a toda a população de Americana. O monitor e professor de capoeira Erson dos Santos (Nanico), 27, e o também professor de capoeira Kelson José Silva (Tamanduá), 29, são os organizadores. Eles receberam o apoio de Pires e utilizam o espaço para graduar pessoas interessadas na prática do esporte. As aulas ocorrem todas as quintas-feiras, a partir das 19h.

A história da cidade depende do antigo prédio para ser contada, principalmente no que se refere ao Bairro Carioba, que nasceu com a indústria têxtil de Americana. Neste bairro, moravam os trabalhadores da Fábrica de Tecidos Carioba - nome proveniente da expressão indígena tupi-guarani que significa ‘pano branco’. Devido a problemas no mercado internacional e à abolição da escravatura, em 1896 a firma foi fechada.

Além da primeira escola, também existiam cinema, farmácia, loja de secos e molhados, leiteria e o famoso Clube de Regatas Carioba, todos oriundos do crescimento do bairro com a chegada de imigrantes italianos e pessoas das mais diversas localidades brasileiras à procura de emprego. Era a origem da Vila Operária de Carioba.

Atualmente, muitos habitantes da cidade não conhecem a história do bairro. "É uma pena que o povo em geral não esteja preocupado com os patrimônios da cidade, mas sim com sua própria sobrevivência. Hoje em dia, já se fala em cultura e isso é um avanço. Acredito que no futuro daremos mais atenção. Quanto à prefeitura, ela precisa de parceiros fortes que possam investir nos patrimônios da cidade.

Como agora o momento é sair da crise mundial, nossa espera é de dias melhores para todos, assim podemos pensar em parcerias", indica a administradora da Casa de Cultura Hermann Müller (localizada no Bairro Carioba e também considerada um patrimônio histórico da cidade), Clélia Bruschi. "A história do bairro em si é muito triste, o único motivo para nos alegramos hoje em dia com o local é a promoção do Carnaval e de alguns projetos culturais", lembra Silva.

Clélia relatou ainda que existe um projeto para o bairro, porém, a prefeitura não deu mais informações. Com base em uma reunião que teve com membros da Secretaria de Cultura de Americana, Pires confirmou que a atual sede da Imperatriz deverá ser restaurada.


Para isso, a escola de samba seria encaminhada a alguma tecelagem abandonada nas proximidades, sob posse da prefeitura. "Não importa o local, somente que a cultura e o Carnaval permaneçam vivos nos corações das pessoas", conclui o presidente da escola de samba.


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Casa de Cultura Hermann Muller

Fonte: Tempero Cultural

Nas Entranhas da web

Postado por Tempero Cultural

Por Vinícius Paes

Escritores profissionais e amadores procuram em blogues saída para expressar suas idéias em forma de poesia


Os blogues são ferramentas utilizadas no mundo virtual. O número de jornalistas, escritores e outros profissionais, que usam de tal para expor idéias, opiniões e sentimentos, vem crescendo gradativamente. Não apenas pela liberdade que esses veículos de comunicação oferecem, mas também pela facilidade que se encontra ao trabalhar com eles. Portais como blogspot e wordpress são os mais escolhidos para hospedagem, principalmente por aqueles que mantêm um blogue pessoal ou literário.

Para a estudante de jornalismo, fotografa e blogueira Nátalin Guvêa, os avanços tecnológicos estão facilitando cada vez mais as coisas para aqueles que querem expor suas idéias livre de censura e preconceitos. "é possível encontrar nos blogues um turbilhão de idéias, e uma diversidade cultural enorme, não gostou? Mude de página, é fácil".

Ao falar sobre seu blogue pessoal, e a liberdade que encontra nele para se expressa Nátalin faz poesia: "O ‘Ela na Panela’ é o lugar em que me encontro, procuro sempre selecionar os ingredientes, doses de coisas boas e permitir pitadas de coisas construtivas daqueles que visitam a minha panela. Alguns sentimentos triturados, e os gostos azedos e podres fazem parte do sabor. Não sei o resultado, porém, espero sempre que seja uma saborosa refeição".

Na visão do escritor e blogueiro Tiago Nené a internet tem alargado a possibilidade de leitura e aproximado escritores de partes diferentes do mundo. "há autores nos blogues bem melhores que os publicados. A publicação está muitas vezes associada a questão de favor" diz o poeta português.

Essa aproximação proporcionada pela internet pode ser percebida nos blogues que reúnem autores, como é o caso do blogue Poema Dia, que conta com autores como Adriana Godoy, Alice Salles entre outros, e o Texto-Al do próprio Tiago Nené e sua trupe. "o Texto-al tem uma média de 120 visitas diárias, se bem que esse número oscila muito. A tendência mostra que esses números tem aumentado a cada dia" diz o poeta.

Quando o assunto é a morte dos livros por conta da ascensão de escritores virtuais os blogueiros são unânimes ao responder que uma coisa não substitui a outra. "eu gosto de blogues, porém não abro mão de um livro ao lado da cama, com capa e cheiro de papel" diz a blogueira e estudante de jornalismo Cintia Ferreira, segundo ela a literatura que se encontra na internet pode ser denominada como "alternativa", onde os autores podem expressar aquilo que sentem.

"É ali que eu desabo, criei o blogue com o objetivo de treinar a escrita e claro emitir alguns pensamentos" comenta sobre seu espaço na web, o Palavra Crua.

Um fato importante que contribui para a constante crescente dos blogues pessoais e literários, e para a divulgação destes é a integração e a interatividade entre os blogueiros. "procuro sempre novos temperos nos blogues que visito, algo que acrescente sabor e sentimento" diz Nátalin.

Dentre os preferidos pelos blogueiros está o bastante visitado Vaga Lumens, de Camila Vardarac. "gosto muito do blogue Vaga Lumens, da brasileira Camila Vardarac. Acredito e desejo que ela possa ir muito longe" diz Tiago.

É possível encontrar nas chamadas "blogosferas" um número relevante de escritores publicando textos de excelência, os blogues são uma alternativa para aqueles que procuram textos e autores menos conhecidos, porém, com enorme talento.

Portanto quando se procura uma boa leitura as antigas bibliotecas cheias de livros não são mais a única solução, é só saber procurar nas entranhas da web, e encontrará uma variedade de sentimentos e autores com algo interessante para aprensentar.

Fonte: Tempero Cultural


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fonte: Texto al

Esperando reformas...

Postado por Tempero Cultural

Centro Cultural mantêm-se funcionando parcialmente enquanto aguarda a revitalização

Por Vinícius Paes

O centro cultural Coronel Flamínio é um dos principais pólos de atividades culturais da cidade de Limeira. Localizado no centro, na praça que fica entre as ruas Boa Morte, Tiradentes, Senador Vergueiro e Treze de Maio. O prédio hoje abriga cinco entidades dentro de suas estruturas arquitetônicas históricas.


Com pouco mais de cem anos de existência a obra atualmente se encontra em mal estado de conservação. Além da ação do tempo, o prédio também sofre com a depredação, e os abalos causados pelo ambiente, fatores que somados prejudicaram o funcionamento do Museu Histórico e Pedagógico Major Levy Sobrinho, entidade do centro cultural, Fechado à visitação pública há mais de um ano. Entretanto o museu oferece pequenas exposições externas com algumas peças de seu acervo.

Segundo o diretor das Escolas de Artes e Bibliotecas, Juraci Rodrigues Soares Requena, as obras de revitalização do prédio estão previstas para começarem no segundo semestre de dois mil e nove.


Além do museu o centro cultural abriga também o Ifocentro, o Centro Municipal de Memória Histórica II, o Espaço Literário Zumbi dos Palmares, o Conselho de Interesse do Cidadão Negro localizado na biblioteca municipal, e a Escola Municipal de Cultura e Arte que divide suas atividades nas quatro salas ainda em funcionamento no prédio principal.

Fazendo arte

A Escola Municipal de Cultura e Artes atende hoje mais de dois mil alunos, divididos em atividades no Centro Cultural, Palacete Levy, e em outras unidades descentralizadas. Oferecendo cursos gratuitos, para pessoas de todas as idades, dentre eles teatro, música e dança, e suas diversas ramificações.

Dentre os grupos de teatro da escola um deles merece atenção especial, é o grupo de teatro da terceira idade formado por mulheres de 55 à 76 anos. Outros cursos muito procurados pelo público são o de canto, que forma vozes para compor o Coral Municipal, e o curso de violão.

Em função das obras de revitalização do prédio, previstas para a segunda metade deste ano, os cursos oferecidos pela EMCEA irão ter que ser remanejado para outros prédios públicos. "Esperamos que durante a reforma não seja preciso interromper nenhum curso da escola, o importante é não parar" – diz o diretor da escola Juraci Requena. A procura pelos cursos da escola é maior do que a oferta, a seleção dos alunos é feita através de um sorteio em que todos os inscritos participam.

As inscrições para a Escola Municipal de Cultura e Artes abrem todo mês de Janeiro.


Fonte: Tempero Cultural

Em visita à Cultura, alunos de Jornalismo ampliam conhecimentos sobre TV

Postado por Tempero Cultural

Alunos do 3º e 5 º semestres de Comunicação Social - habilitação em Jornalismo do Isca Faculdades, de Limeira, realizaram uma visita à TV Cultura, em São Paulo.

Os estudantes conheceram todos os departamentos da emissora, da Fundação Padre Anchieta, ligada ao governo de São Paulo. Eles foram guiados pelo apresentador do programa "Vitrine", Rodrigo Rodrigues.

Acompanhada pelo professor Rodrigo Piscitelli, a turma pôde conhecer os estúdios do telejornalismo e dos demais programas, bem como a redação, produção dos programas de entretenimento, salas de edição e exibição, camarins, figurinos, arquivos e setor de engenharia, entre outros locais.

Também foi possível ver como a TV está digitalizando o seu acervo, conhecendo o processo de remasterização de imagem. Na ocasião, os visitantes puderam aprender sobre como se realizavam as gravações antigamente.A visita proporcionou aos alunos mais conhecimento sobre jornalismo televisivo e também sobre como funcionam os bastidores de uma televisão, como os estúdios que servem para a gravação de mais de um programa.

De acordo com a aluna Beatriz Belchior, com a visita ela percebeu como a produção de TV funciona, além de ampliar seus conhecimentos a respeito da emissora. "Agora, passo a ver TV de outra maneira, principalmente a TV Cultura", fala.

Na ocasião, a classe ainda pôde conhecer o apresentador do programa "Roda Vida", o jornalista Heródoto Barbeiro.




Fonte: Isca Faculdades

Confira também o vídeo com as imagens da TV Cultura feitas durante essa visita.
Imagens e Edição: Carlos Giannoni

Dica de Filme

Postado por Tempero Cultural

Titulo Original: A Mulher Invisível

Gênero: Comédia Romântica

País: Brasil

Ano: 2009




Sinopse

Após uma desilusão amorosa, Pedro (Selton Mello), um romântico incurável, acredita ter encontrado a mulher ideal: Amanda (Luana Piovani), sua bela, amiga e dedicada vizinha. Ao mesmo tempo, seu amigo Carlos (Vladimir Brichita), pragmático, não acredita em amor e o desencoraja a investir numa relação com uma mulher que ninguém conhece. Mas Pedro está, definitivamente, apaixonado... E ela é maravilhosa. Pelo menos até Pedro começar a desconfiar de que ela tem um defeito: Amanda, na realidade, não existe.

Elenco e Equipe Técnica

Selton Mello
Luana Piovani
Vladimir Brichta
Maria Manoella
Fernanda Torres
Maria Luísa Mendonça
Paulo Betti
Lúcio Mauro

Direção:
Cláudio Torres

Roteiro:
Cláudio Torres

Roteiro:
Adriana Falcão

Produção:
Cecilia Grosso

Produção:
Daniel Filho

Estúdio: Conspiração Filmes

Distribuição: Warner Bros

Fonte: Cineminha

Juca Ferreira diz em debate que projeto da nova Lei Rouanet chega ao Congresso até o final deste mês

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Por Márcia Abos - O Globo

Na noite desta segunda-feira, o ministro da Cultura Juca Ferreira participou de um debate sobre a nova Lei Rouanet na Associação dos Advogados de São Paulo (AASP). Ferreira informou que o texto final do pré-projeto de lei para o financiamento da cultura já está sendo finalizado e deve ser apresentado ao Congresso Nacional até o final do mês de junho.

Foram 18 anos de Lei Rouanet e neste período acumulamos distorções absurdas e não conseguimos criar um mecenato no Brasil. Só 10% dos recursos investidos em cultura são privados. Os 90% restantes são do Estado. Mecenato é quando a empresa mete a mão no próprio bolso. Não conseguimos criar na cultura uma parceria público-privada - disse Ferreira em seu discurso de abertura.


O ministro rebateu críticas sobre o suposto caráter dirigista da nova lei.
“Mecenato é quando a empresa mete a mão no próprio bolso”
Na lei atual, quem dá dinheiro é o Estado e quem decide o que fazer é a iniciativa privada. É dinheiro público estimulando a exclusão. A cultura brasileira não cabe dentro da renúncia fiscal. Destestaria entrar para a história com a imagem de dirigista. Queremos, sim, um maior controle social sobre o estado para melhorar o uso do dinheiro público.Juca Ferreira informou que os critérios que devem regulamentar a distribuição de recursos pela nova lei serão elaborados a partir de três premissas.

Os critérios objetivos da nova lei serão elaborados a partir de três matrizes: contribuição para o desenvolvimento de linguagens, acessibilidade da população aos bens culturais e contribuição para o desenvolvimento da cultura.O sociólogo Renato Ortiz, um dos debatedores da noite, elogiou os debates públicos promovidos pelo MinC para a criação da nova lei e definiu como interessante o Vale-Cultura.

“Dirigismo cultural por parte do Estado é hoje impossível. Quem ocupa esse espaço é a indústria cultural”
O Vale-Cultura é uma idéia interessante em um mundo de excluídos e desigual como o Brasil - afirmou o sociólogo, que completou: - Dirigismo cultural por parte do Estado é hoje impossível. Quem ocupa esse espaço é a indústria cultural.O debate esquentou com participações acaloradas do público presente, formado de artistas, produtores, estudantes e juristas, com as críticas de Cláudio Weber Abramo, representante da ONG Transparência Brasil, ao projeto de lei cultural.

Ele pediu a criação de indicadores de resultados para projetos contemplados pela nova lei.- Um indicador óbvio de desempenho na esfera cultural é público. Sem indicadores não há avaliação inteligente de coisa alguma.Abramo também recomendou maior controle, com auditorias externas para os projetos contemplados pelo benefício.

Queixou-se da complexidade para se apresentar um projeto ao MinC, que normalmente requer um intermediário apenas para organizar a documentação e o projeto, que para isto cobra um percentual do benefício ao proponente.- É preciso bolar sistemas para reduzir os custos de intermediação.Estiveram também presentes à mesa o ministro Ubiratan Aguiar (presidente do Tribunal de Contas da União), o ministro da Educação Fernando Haddad, a professora da Faculdade de Educação da USP, Maria Victoria Benevides. O papel de mediador coube a Sergio Mamberti, presidente da Funarte.


“O MinC está promovento um programa de auditório e não um debate”
Estavam na plateia artistas como Ivaldo Bertazzo, Odilon Wagner, Ney Piacentini, da Cooperativa Paulista de Teatro, Pascoal da Conceição, Rosi Campos e representantes do Teatro Oficina, além do senador Eduardo Suplicy. Uma faixa sem autoria foi pendurada ao fundo e à esquerda da mesa de debates com os dizeres “Basta de privatização da Cultura”.O debate, que começou por volta das 19h, se estendeu até às 23h.

O público pôde fazer 13 perguntas, mas o que aconteceu na prática foi que muitos pegaram o microfone para apresentar opiniões. Um dos presentes, antes mesmo do início da rodada de perguntas, enfadado com as longas explanações dos participantes da mesa, gritou:- Não estamos tendo chance de participar do debate. O MinC está promovento um programa de auditório e não um debate. Não temos sequer chance de corrigir informações erradas citadas pela mesa.


Tags: Ministro Juca Ferreira - Nova Lei Rouanet

Fonte: Ministério da Cultura



Com diretor de 19 anos, romance pop 'Apenas o fim' chega aos cinemas

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Por Carla Meneghini


Com orçamento de apenas R$ 8 mil, longa-metragem estreia na sexta (12).Feito à base de favores, filme traz Erika Mader e trilha de Marcelo Camelo.

Aos 19 anos, Matheus Souza decidiu filmar um longa-metragem. "Pode parecer pretensioso querer fazer um filme com essa idade, mas o melhor jeito de aprender é fazendo", diz o diretor do romance pop "Apenas o fim", que chega aos cinemas na próxima sexta-feira (12).




Com Erika Mader no elenco e trilha sonora de Marcelo Camelo, o filme conquistou seu lugar no grande circuito, mesmo com o modesto orçamento de menos de R$ 8 mil.

Estudante de cinema, o cineasta carioca reuniu um grupo de amigos da universidade, pegou equipamentos emprestados e saiu pedindo favores. "Ninguém ganhou um tostão", conta Matheus, que hoje tem 20 anos. "Nosso lema era bater na porta de todo mundo pedindo favores e doações. O dinheiro que conseguimos veio da universidade e de um uísque que rifamos", lembra rindo.

O resultado é uma comédia romântica jovem repleta de referências pop, que tenta dar voz com autenticidade a uma geração. "Só posso falar do meu mundo, são as coisas de que eu gosto", afirma Matheus em relação às referências a games, sites e bandas, como Strokes, Los Hermanos e outras.

Inspirada em "Antes do pôr-do-sol", a história gira em torno de uma garota bonita e descolada (Erika Mader) que se encontra com seu namorado nerd (Gregório Duvivier) para dar a notícia de que está indo embora e pretende recomeçar a vida em outro lugar. Ele tenta convencê-la a ficar, mas diante de sua teimosia, aceita passar com ela sua última hora livre antes de partir.

"Me encantei pelo texto de primeira, pela ousadia, pela simplicidade, pela proposta de fazer conexão com a nossa geração", afirma Erika Mader, que aceitou o papel mesmo sem cachê.

Fonte:
G1

Marília Pêra interpreta a anti-Susan Boyle em 'Gloriosa'

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Por Dolores Orosco


Atriz vive Florence Jenkins, cantora sem talento que virou 'a diva do grito'.Espetáculo de Claudio Botelho e Charles Möellher estreia em São Paulo.

Feia e desajeitada, a cantora escocesa Susan Boyle emocionou o mundo com sua voz de anjo no programa "Britain's got talent". Na década de 40, a americana Florence Foster Jenkins (1868-1944), moça fina de família abastada, surpreendeu o público e a crítica pelo motivo oposto: "a total ausência de talento" e a capacidade de não conseguir acertar uma única nota de uma canção.



A história curiosa desta personagem - que fez sucesso num tempo em que a febre do reality shows estava bem longe de se alastrar - é vivida pela atriz Marília Pêra, na peça "Gloriosa". Com direção de Claudio Botelho e Charles Möellher, o espetáculo entra em cartaz nesta sexta-feira (5), no teatro Procópio Ferreira, em São Paulo, depois de uma temporada de seis meses no Rio de Janeiro.

"Talvez esse seja um dos papéis mais desafiadores da minha carreira", diz a atriz, que ainda sofre para alcançar os agudos desastrosos de Florence. "Passei a vida inteira estudando para me aperfeiçoar no canto e agora tive de encontrar um jeito de desconstruí-lo no limite das minhas cordas vocais", completa Marília, que no passado interpretou a diva Maria Callas no palco.

Quem divide a cena com a atriz é a dupla Guida Vianna e Eduardo Galvão. Parceira humorística de Marília na novela "Duas caras" - elas interpretaram as madames Gioconda e Lenir na trama de Aguinaldo Silva - Guida estrela três papéis na peça. Vive Maria, a empregada de Florence, a amiga Dorothy, além de Verinda, uma professora de canto que humilha a protagonista durante um recital. "Depois da Lenir, virei a eterna dama de companhia da Marília", brinca Guida, sobre suas novas cenas com a atriz. "É uma história fascinante, chega a ser surreal e mal dá para acreditar que se trata de um fato verídico".

Eduardo Galvão interpreta o pianista gay Cosme McMoon, que se aproxima da protagonista interessado em sua fortuna, mas acaba se tornando fiel escudeiro durante dez anos. "No início o personagem sente até um certo desprezo, pois tem consciência do quanto ela é desprovida de talento. Mas aos poucos vai se afeiçoando, se penalizando por essa dedicação que a Florence tem pela música", diz Galvão.

Diva do grito

Apaixonada por música clássica e herdeira de uma família de banqueiros, Florence Foster Jenkins, tinha certeza de que era uma soprano brilhante. Organizava recitais badalados e exibia sua capacidade de massacrar clássicos de Mozart, Verdi e Strauss.

Na alta roda de Nova York, a "cantora" era chamada cinicamente de "a diva do grito". Suas performances bizarras ganharam fama, e atraíam "fãs" e famosos como Cole Porter.

Acostumada aos aplausos - ainda que jocosos - aos 76 anos ela aceitou um arriscado convite para cantar no Carnegie Hall. Diante de uma plateia de duas mil pessoas, mostrou que no peito do desafinado também bate um coração.

Ao se deparar com as críticas nos jornais do dia seguinte - um deles falava em "total ausência de talento" - entrou em depressão e, um mês depois do concerto, morreu de ataque cardíaco.

"Acredito que a Florence, apesar de cantar mal, tocava o coração das pessoas. Ela tinha uma série de fãs!", justifica Marília. "Se você observar por aí, vai ver tantos artistas sem talento, mas que continuam na mídia fazendo sucesso, vendendo milhões de discos... De alguma forma, essas pessoas conseguem emocionar o público, tem gosto para tudo".

Parceria com Lázaro Ramos

Aos 62 anos de carreira, Marília confessa já ter pensado em aposentadoria. "São muito anos, é inevitável se repetir", avalia a atriz. "Isso é um problema, pois às vezes ouço aquela vozinha dizendo: 'está na hora de parar'...". A ideia só não ganha força porque os convites não permitem.

Com "Gloriosa" em cartaz, já trabalha em outro projeto: vai dirigir e atuar na peça "Vórtice", de Noel Coward, ao lado de Lázaro Ramos. Ainda neste segundo semestre, voltará à TV no seriado "Cinquentinha", de Aguinaldo Silva, com Susana Vieira e Rentata Sorrah. Marília será uma das três viúvas de um ricaço, que tentam estabelecer um bom relacionamento - condição que o marido morto impõe no testamento para distribuir a herança.

No teatro, mantém certos hábitos que muitas vezes são entendidos como antipatia ou estrelismo. "Em dia de peça não falo absolutamente nada com ninguém, fico sozinha. Sei das minhas limitações e sou rigorosa", admite. "Nesses anos todos, aprendi a me respeitar. Sou uma atriz intuitiva, que estuda para suprir algumas deficiências e encarar o medo do palco". Em comum com sua mais recente personagem, diz ter pouco. "Gostaria mesmo é de ter essa auto-confiança da Florence, mesmo sendo um desastre no que fazia. Mas acho que sou dedicada ao meu ofício como ela foi", compara.

GLORIOSA

Onde: Teatro Procópio Ferreira - Rua Augusta, 2823, Jardins
Quando: quinta e sábado, às 21h; sexta, às 21h30 e domingo às 18h.
Em cartaz até 2 de agosto.
Ingressos: R$ 70 (quinta); R$ 80 (sexta e domingo) e R$ 90 (sábado)

Fonte:
G1